quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O encontro

Ela estava de joelhos no chão, buscando algo com suas mãos. Em seu rosto estavam óculos escuros e, debaixo deles, lágrimas poderiam ser vistas. Mas ninguém ajudava a garota. Passavam por ela e nem reparavam que ela estava lá.

Ele caminhava distraído no corredor do prédio, porque não lembrava se havia deixado seu telefone no carro. Não era cedo e não era seu desejo chegar atrasado à importante reunião, por isso não voltou à garagem. Reproduzia em sua mente tudo o que havia feito desde que deixou o carro, quando tropeçou e caiu.

Foi quando ele percebeu a mulher cega que chorava. Ele limpou seu rosto, pegou sua bengala que estava distante dela e a auxiliou a ficar em pé. Seu celular tocava, mas ele não escutava. Ela já segurava sua bengala, mas não se deu conta. Eles se esqueceram de seus compromissos. Ali haviam se encontrado pela primeira vez, e era só o que importava.

Paixão

Quando entrei na sala angulosa e cheia de gente, não pude deixar de notar a maravilha que estava diante de mim. Ela me olhou, convidativa, e me aproximei. O calor que fazia era intenso, e a morena suava. Mas era um suor que a fazia parecer ainda mais deliciosa. Conversamos durante um tempo e fomos para um lugar mais quieto, onde poderíamos ficar tranquilos. Só eu e a minha beldade de vermelho. Comecei a despi-la e a provar seu conteúdo. Seu gosto era épico e ela me refrescava. Percebi naquele momento que nossa sintonia era para sempre e nunca mais eu poderia ficar sem a minha morena deliciosa. Estamos juntos há anos. Suas irmãs e primas são até parecidas com ela, mas não exercem o mesmo encanto em mim. É, nada como a boa e velha coca-cola!

Texto em homenagem ao meu refrigerante favorito. Recuse imitações.