quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ahh, o verão.

Férias de julho. Verão. Para muitos, isso significa ir à praia. Mas não é a qualquer momento, e sim preferencialmente nos períodos do dia em que os raios solares estão mais intensos, o que confere um grande movimento na mesma. As pessoas chegam à praia, posicionam seus carros com caixas de som do tamanho do porta-malas e as ligam. Dessas, sai normalmente uma música de qualidade questionável. Aqui no Pará, é costume o “brega” – sim, aquele da Banda Calypso. Isso me dá nos nervos. Mas pior mesmo é quando começam as “disputas de som”, como eu costumo chamar, que se dá como se existissem competidores que anseiam o título de ‘tocador de brega mais alto da praia’. Ou é o que parece. Tudo bem, eu me enganei, pode ficar pior... como, por exemplo, quando dois carros diferentes – geralmente próximos – estão tocando a mesma música, porém em tempos diferentes. Na realidade, não sei como se pode gostar de Brega: um som de notas musicais primárias e repetitivas, com letras de baixo calão e, geralmente, com vocais que soem como uma lousa sendo arranhada ou como um pato. Perdoem-me, mas é o que eu acho. Enfim, esse seria um tema para outro debate.

Então, como se não bastasse a trilha sonora dos dias de praia no verão, ainda há o problema do calor demasiado e da intensidade dos raios solares. Sim, passar o dia na praia pode resultar em grande desconforto. Qual a vantagem que se tem em voltar para a cidade com assaduras, queimaduras, despelando por todo o corpo – sem falar nas marcas de biquínis? “Ah, fica mais bonita uma pele bronzeada”, alguns podem dizer. É mesmo? Pessoas alaranjadas passeando por aí como se fossem woompa loompas são bonitas? Há gosto para tudo nesse mundo. Um toque especial que se pode ter a esse visual “descolado” é o dado por bronzeadores ou por água oxigenada. Qual a obsessão das pessoas por esses tons amarelados e alaranjados? Sério, não entra na minha cabeça. Deve ser aquela típica história da grama do vizinho ser mais verde. Sei lá.

Você está assando ao sol, ouvindo músicas a alturas que certamente ultrapassam os decibéis permitidos – o que as torna poluição sonora, deixando a sua audição cada vez mais deficiente, no caso de exposição prolongada. Pode ‘melhorar’? Claro. Olhe à sua volta. Há pessoas, muitas pessoas. Entre essas pessoas, sempre há as chamadas “visões do inferno”, aquelas das quais você se lembrará por muito tempo, e não por um bom motivo. Mas prefiro não me aprofundar no assunto, ainda me lembro das últimas que vi em minha mais recente visita a uma praia tumultuada...

De repente, percebe-se uma fome. Caso não se tenha levado comida, terá que correr o risco de consumir as vendidas na própria praia. Pelo menos o cardápio é variado: picolés, sorvetes, ovos de codorna, espetinhos, amendoins, peixes, camarões, etc. É só escolher o menos arriscado e pronto, tem-se uma refeição – ou não. Isso sem falar nas bebidas, mas já é mais tranquilo. A não ser que se queira tomar suco. Não me responsabilizo por prováveis futuros parasitas. Eu avisei.

Alguns pequenos incômodos também ficam evidentes em praias bem movimentadas, além dos que já foram expostos anteriormente. Não acredito que só eu me incomode com: centenas de crianças que saem correndo enlouquecidas sem atentar para o caminho; bolas que possivelmente podem me acertar em cheio devido ao descuido de quem acha que é dono da praia; areia por todo o meu corpo; possíveis acidentes envolvendo automóveis; vários objetos sendo levados pela maré forte; atenção que se deve ter por causa dos ladrões, enquanto dever-se-ia estar relaxando e aproveitando; barulhos exagerados como um todo; incômodos afins. Suporto de bom humor essas situações por um breve intervalo de tempo, portanto não é aconselhável passar várias horas comigo lá.

Eu gosto de praias em si. Convide-me para ir à praia quando não há muita gente, no horário do por-do-sol ou à noite, que irei com todo o prazer. A brisa em nossos rostos, o mar acariciando nossos pés, aquele clima confortabilíssimo... É, eu gosto de praia. Mas não gosto do que ela representa em dias de verão. Ou até durante o ano, mas em dias quentes e que provavelmente levarão centenas de pessoas à praia. As próprias propagandas exibidas em todas as mídias refletem que as praias em períodos de alta estação são sinônimos de diversão. Preciso ir à praia e passar por todos os tormentos os quais falei ao longo do texto para me divertir nas minhas férias? Creio que não. Eu trocaria passeios mais frios e agradáveis em um piscar de olhos, mas aparentemente sou minoria – vide: estradas para cidades praianas.

E é o que enfrentarei nesse fim de semana. Vou a uma cidade praiana. Sim, continuo não gostando. Mas vou contente, pois sei que, apesar de todas as muitas confusões que estão acontecendo ao longo do planejamento dessa viagem (e dos amontoados de pessoas por todos os cantos), eu me divertirei com meus amigos lá. No fim das contas, é o que realmente importa: relaxar, curtir e se divertir em dias que serão guardados de uma boa forma na memória.

Retornarei aqui na volta, see ya! ;D

Um comentário:

Giovanna disse...

Dito e feito. Fim-de-semana maravilhoso! *-*